Ampliação de hotel no Paraná marca
retomada da linha de crédito oficial do Ministério do Turismo. Projeto prevê a
duplicação do número de quartos
Lançado há pouco mais de três meses pelo ministro do Turismo, Marx
Beltrão, o novo Fundo Geral do Turismo (Fungetur) registrou a primeira operação
de crédito contratada. A ampliação de um hotel em Marechal Cândido Rondon, no
oeste do Paraná, contará com um investimento de R$ 1,25 milhão, sendo R$ 800
mil do Fundo. O projeto aprovado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do
Extremo Sul (BRDE) prevê uma reforma que aumentará de 36 para 74 o número de
quartos no empreendimento. O mesmo banco já aprovou outro projeto, no valor de
R$ 10 milhões, para a construção de um hotel com mais de 200 quartos.
“Essa é uma linha de crédito diferenciada, com taxas de juros e prazos
especiais, que estava parada e conseguimos reativar para movimentar a economia
do turismo apoiando projetos bem estruturados”, comentou o ministro Marx
Beltrão. Até 2017, o Fungetur era operado exclusivamente pela Caixa econômica
Federal (CEF). Após a reformulação, em dezembro, outras sete instituições
financeiras foram credenciadas para gerir o fundo e, assim, ampliar sua abrangência.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
A concessão de crédito está alinhada à política de desenvolvimento
regional da Pasta. Caso não sejam utilizados em financiamentos, os recursos
transferidos para as instituições financeiras poderão ser recolhidos após 120
dias e redistribuídos para outros bancos credenciados, de acordo com o
desempenho de cada uma delas. “É uma competição saudável, na qual o turismo sai
ganhando. Não interessa a ninguém manter esse dinheiro parado”, completou o
ministro.
“Operar o Fungetur é uma forma de atrair novos investimentos para o setor
turístico do Sul do país, levando em conta que o turismo é um dos segmentos da
economia que mais geram emprego, renda e receita aos municípios”, diz a gerente
de Planejamento da Agência Paraná, Lisiane Astarita. Além dos projetos já
aprovados, há uma cartela no valor total de R$ 45 milhões em análise pelos
bancos credenciados no Fungetur. Na lista estão meios de hospedagem, parque
temático, restaurante e embarcações turísticas. A equipe técnica da Diretoria de
Ordenamento do Turismo do Ministério do Turismo mantém contato com as entidades
financeiras para equilibrar o montante disponível às demandas.
FUNGETUR
Criado em 1971 para financiar empreendimentos, obras e serviços de
interesse para o desenvolvimento do turismo nacional, o Fungetur estava sob a
gestão da Embratur até 2003, quando o Ministério do Turismo foi criado. Entre
os empreendimentos que contaram com o apoio do fundo estão meios de hospedagem
renomados no cenário nacional como o Hotel Tropical, em Manaus, e o Copacabana
Palace, no Rio de Janeiro.
Nos últimos quatro anos, no entanto, os recursos destinados para o
Fungetur não foram captados pelo mercado. A recente operação de crédito
realizada via BRDE marca a reativação do fundo que oferece financiamentos com
prazo de amortização de até 20 anos, com até cinco anos de carência. Os juros
são de até 6% ao ano somados ao INPC.
INSTITUIÇÕES CREDENCIADAS
CONFIRA AQUI AS INSTITUIÇÕES CREDENCIADAS PARA OPERAR O NOVO FUNGETUR:
Agência de Fomento do Mato Grosso; Agência de Fomento do Rio Grande do
Sul (Badesul); Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes); Banco do
Estado de Sergipe (Banese); Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG); Banco
Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE); Caixa Econômica Federal
(CEF); e Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP). Fonte Mitur - Darse
Júnior).
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