A expansão da atividade econômica
do Brasil ficou acima do esperado por analistas em dezembro e o país voltou a
crescer em 2017 após dois anos de profunda crise econômica, apontaram dados
divulgados pelo Banco Central na segunda-feira (19).
O Índice de Atividade Econômica do Banco
Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu
1,33 por cento no ano passado, na série dessazonalizada. Somente em dezembro, o
índice teve alta de 1,41 por cento ante novembro, melhor que o avanço de 1,1
por cento previsto em pesquisa da Reuters.
Com isso, o IBC-Br fechou o quarto
trimestre do ano com crescimento de 1,26 por cento sobre o terceiro trimestre,
sempre em números dessazonalizados.
O mercado já vinha trabalhando com
a expectativa de um resultado no azul em 2017, ano marcado por expressiva
diminuição dos juros básicos diante da inflação baixa, com o IPCA ficando,
inclusive, aquém do piso da meta perseguida pelo governo.
Os dados oficiais do PIB em 2017
serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em
1º de março.
OPINIÕES DOS ECONOMISTAS
Economistas ouvidos pela mais
recente pesquisa Focus do BC calculam alta de 1,03 por cento para o PIB em
2017, após o forte tombo de 3,5 por cento tanto em 2016 quanto em 2015, segundo
dados do IBGE.
Enquanto o número não vem a
público, o desempenho do IBC-Br corrobora a leitura de recuperação gradual na
economia, já que o índice incorpora projeções para a produção no setor de
serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os
produtos.
Em 2017, tanto a indústria quanto o
varejo fecharam o ano no campo positivo, crescendo 2,5 por cento e 2 por cento,
respectivamente.
Por outro lado, o setor de serviços
encolheu 2,8 por cento no ano passado, terceiro ano seguido de retração. Para
2018, o mercado estima uma expansão de 2,80 por cento do PIB, segundo o Focus,
ante alta de 3 por cento prevista pelo governo. Fonte: Exame
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